Comportamentos como dormir mal, comer errado, cigarro e estresse podem prejudicar a cicatrização, determinando a
aparência das cicatrizes pós-cirurgia plástica
O cirurgião
plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Marco Cassol,
enumera as dez atitudes que fazem com que a cicatriz apareça mais do que a
beleza de um novo nariz, abdômen ou contorno corporal. Saiba como evitá-las:
1 – Fumar: uma
das coisas mais importantes no pós-operatório é parar ou diminuir muito o
cigarro, e isso deve ser combinado antes da cirurgia. Se possível, suspender o
cigarro antes da cirurgia e combinar com o médico a necessidade de suporte
medicamentoso. O mínimo aceitável de fumo é nada, mas é melhor diminuir do que
não fazer nada.
2 – Parar de
comer ou comer errado: a nutrição e o aporte proteico e de vitaminas
contribuem muito na cirurgia. Não é preciso mudar completamente a alimentação,
mas deve-se adicionar à dieta frutas, verduras e proteína, animal ou vegetal,
como soja, carne, leite e ovos. Também podemos receitar o Cubitan, que é um
suplemento como se fosse um tipo de iogurte. Neste caso, nem precisa ser um por
dia. Meio já oferece esse aporte proteico extra.
3 – Não
controlar os níveis: em pacientes com doenças crônicas, a que mais
compromete a cicatrização é a diabete, mas também tem a pressão alta e a
insuficiência renal. No pós-operatório, o paciente precisa estar com este
problema compensado, ou seja, dentro dos padrões aceitáveis.
4 – Pensar que
toda cirurgia é igual: há peculiaridades. Em pacientes que passaram pela
cirurgia bariátrica (redução de estômago), o cuidado com a anemia e o déficit
de vitaminas precisa ser redobrado. É preciso fazer exames antes da cirurgia e
ter todos os níveis controlados, inclusive no pós-operatório. Para estes
pacientes também pode ser administrado o Cubitan.
5 – Dormir pouco
ou mal: pode parecer uma bobagem, mas cuidar da quantidade e da qualidade
do sono é muito importante. As pessoas não se atentam para isso e acabam não
tendo o sono REM (fase dos sonhos). O sono ideal é de oito horas ininterruptas.
6 –
Estressar-se: o paciente deve aproveitar esse momento da cirurgia para
diminuir o ritmo e se autoavaliar, se sentir, se enxergar. É um momento único,
inclusive de reavaliação emocional.
7 – Usar drogas:
os alucinógenos causam desconexão e queremos que a pessoa esteja conectada.
Dessa forma, mais rápida é a recuperação.
8 – Não fazer o
que o médico orientou: seguir as prescrições médicas é fundamental para uma
boa recuperação. Se o médico pediu para usar cinta e fazer drenagens
linfáticas, por exemplo, é porque é realmente importante. E no tempo que ele
determinou.
9 – Descuidar da
cicatriz: duas coisas que fazem com que ela fique com boa qualidade são a
vascularização (aporte sanguíneo) e a tensão (quanto maior, mais alargada
ficará a cicatriz). Por isso, não se deve expor a cicatriz a uma tensão
excessiva, o que inclui os exercícios físicos. O retorno às atividades físicas
ocorre em no máximo dois meses; a média é de um mês e meio, com uma evolução
progressiva.
10 – Usar
qualquer coisa na cicatriz: sempre seguir a orientação do médico sobre
placa de silicone, filme plástico cicatrizante, cremes para cicatriz e outros
tratamentos para cicatriz hipertrófica e queloide, como laser de CO2,
dermaroller, infiltração de triancinolona, betaterapia. Além disso, é
fundamental usar o curativo de micropore pelo tempo estipulado pelo médico.
Sobre o Dr. Marco
Cassol
Marco Cassol é cirurgião plástico
membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Com mais de 15 anos de
experiência, é formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e
especialista em cirurgia da face. Site: www.marcocassol.com.br.
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