terça-feira, 8 de janeiro de 2013

E-commerce aposta em logística reversa para manter ritmo após as festas


“Qualquer coisa, você troca” – Logística reversa é estratégia mais usada no mês das trocas

Uma roupa que não serve, um eletrônico com defeito, um calçado apertado. As trocas de presentes se tornam comuns no mês de janeiro e lojas virtuais mais experientes aproveitam o período para se aproximar dos clientes e movimentar o setor. Essa aproximação, quando efetuada com eficiência e de forma personalizada, se torna um novo item para agradar os consumidores. Chamada de logística reversa, o processo é a troca ou devolução do produto por parte do cliente, tendo como retorno, outro produto ou valor pago estornado. De forma simplista, é a devolução de mercadorias.

Segundo o gerente de e-commerce da Eletrônica Santana, Flavio Inacio, qualquer organização que desenvolve um sistema logístico deve utilizar a logística reversa para ser considerado completo. “Em decorrência do crescimento relevante da logística no mercado brasileiro, surge um tema cada vez mais importante e imprescindível que é a logística reversa. As empresas que se preocupam com essa estratégia já obtém sucesso em vários setores, como fidelização dos clientes e valorização da marca”, afirma.

Tudo que vai, volta!

Existem pontos cruciais para aplicar logística reversa no seu e-commerce. Segundo Flavio, o primeiro passo é desenvolver um sistema eficiente para trocas e devoluções, que transmita segurança ao público. Segundo ele, um atendimento debilitado no pós-venda e uma plataforma on-line que torna difícil a realização da troca geram uma imagem negativa e, muitas vezes, irreversível para a marca. “Um produto com defeito pode trazer uma imagem negativa para o negócio, mas realizar uma troca com agilidade e segurança pode reverter à situação”, explica.

Veja algumas dicas do especialista para a aplicação eficiente da logística reversa:

1)    É fundamental que as lojas virtuais tenham um espaço à vista no site nomeado de coleta, devolução do dinheiro, troca, defeito, garantia, entre outros. É importante frisar que os produtos comprados podem ser trocados em qualquer loja da rede, até mesmo lojas físicas.

2)    O atendimento deve ser realizado por um colaborador com habilidade e bom relacionamento, pois esse contato é a chance de reconquista do cliente. No Brasil, os consumidores ainda não possuem o hábito de ler as políticas de devolução de produtos antes de comprar. Portanto, tratar o cliente como gostaria de ser tratado é fator chave e importante para ótimos resultados.

3)    É importante definir o tipo de coleta mais rentável para o seu negócio, como coleta no local, coleta no local com hora marcada, pontos de entrega ou logística reversa simultânea. Atualmente, muitos lojistas optam pela logística reversa simultânea, onde no ato da entrega do novo produto, já se retira a mercadoria a ser trocada. Sendo assim, o consumidor fica sempre satisfeito pela agilidade e o lojista garante a troca com sucesso.

4)    É preciso definir o que será feito com os produtos devolvidos. Produtos com defeitos não podem ser revendidos, então é necessário definir se serão descartados, devolvidos ao fornecedor, reciclados ou doados. Uma logística organizada reduz custos e traz comodidade a empresa.

5)    Análise das devoluções dos produtos garante um melhor atendimento e eficiência nas vendas. É necessário saber os reais motivos das trocas e devoluções. Para isso, a criação de indicadores auxilia no desenvolvimento das estratégias empresariais, sendo esses indicadores produtos mais devolvidos, motivos mais comuns, períodos com maior índice de política reversa, entre outros.

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