A
simples e comum coceira vaginal que acomete quase 100% das mulheres em alguma
fase da vida pode desencadear disfunções sexuais mais sérias. Quem alerta é a
Educadora e Fisioterapeuta Sexual, Débora Pádua, da capital paulista. Isso
acontece porque quando a relação sexual acontece em uma situação em que a
mulher está com os fungos da candidíase, ela pode ter dor naquele momento e
desenvolver a partir dali uma memória que relacione a dor com o sexo em todas
as próximas relações. “Consequentemente a partir disso ela, de forma
involuntária, tentará proteger seu corpo das contrações e com isso o atrito
durante a relação aumenta, fazendo com que a tensão também aumente e a dor
passará a ser cada vez maior. Desta forma ela poderá entrar no ciclo vicioso do
vaginismo", explica.
"É
o que chamamos de contração vaginal involuntária, que pode ter fundo
psicológico ou orgânico, podendo causar uma alteração psicossomática. Ou seja,
o psicológico pode alterar o físico e se o caso for orgânico, mesmo retirando o
causador, no caso a candidíase, pode continuar comprometendo a relação sexual
por medo de sentir a dor novamente", explica Débora. De acordo com a
educadora e fisoterapeuta sexual é como se a mulher criasse uma barreira
incapaz de deixar a penetração acontecer. Mas, tem cura!“, diz.
Débora
ressalta que o tratamento do vagiríamos é simples. Baseado em aumentar a
percepção pélvica para provocar o relaxamento, o uso de eletrodos vaginais e de
superfície, e através da massagem perineal e da eletroestimulação os pontos de
tensão da vagina serão soltos. “Como se fosse uma massagem local, feita uma vez
na semana e em dois meses a paciente já consegue ter relações normais",
tranquiliza a profissional.
Serviço:
Débora
Padua
Educadora
e fisioterapeuta sexual. Graduada pela Universidade de Franca (SP) durante 5
anos fez parte do corpo clínico da Clínica Dr. José Bento de Souza e foi
responsável pelo setor de Uroginecologia do Centro Avançado em Urologia de
Ribeirão Preto (SP). Hoje atende em consultório particular especializado.
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