Época de pouca roupa no corpo e muita
sensualidade, o Carnaval ganha, além do samba, outra “dança” famosa nos dias de
folia: “a dança do acasalamento”.
De acordo com o neurocirurgião do Hospital
das Clínicas de SP, Dr. Fernando Gomes Pinto, esta mudança de comportamento tem
explicação e está dentro do cérebro do homem e da mulher.
O sexo masculino, por ter seu primeiro
instinto ligado ao olhar e se interessar pelas curvas femininas, em especial
quando estão mais expostas, torna ainda mais vulnerável com a entrada dessas
informações visuais ao cérebro. “Processada nos lobos occiptais, que é a parte
visual primária do cérebro, ali se formam as imagens que serão refletidas em
áreas de associação e no sistema límbico, que é o circuito emocional. É nesse
acúmulo de emoções que os casais são envolvidos”, explica.
O médico conta ainda que certas áreas do
cérebro precisam ser “desligadas” tanto nos homens como nas mulheres, para que
outras áreas possam ser ativadas na fase da conquista. “Em especial as
amígdalas nos lobos temporais, centro da “defesa” de fuga ou luta, são
“desligadas” e os centros do prazer são ativados como a área tegmental
ventral”, detalha. Nas mulheres, o cortex órbitofrontal lateral esquerdo,
responsável pelo controle de desejos elementares, silenciam-se também. E então
elas conseguem se despreocupar dos pudores e simplesmente se deixam levar pela
sedução.
De modo geral, o ser humano é ligado em
marcos, em especial em datas e eventos específicos. Uma festa como o Natal, por
exemplo, está ligada a união de família e amigos e desabrocha o cunho social.
Em finais de ano, as pessoas costumam ajudar mais, fazer caridades, etc. Já o
Carnaval é famoso pelas músicas provocantes que remetam ao sexo, ao corpo,
principalmente o feminino, que fica em grande exposição. “Isso tudo leva uma
certa “frouxidão” social e naturalmente as pessoas já se deixam levar pela
ideia de que é uma época de beijar sem muitos critérios” diz acrescentando que
“quando deixamos o cérebro exposto ao olhar do corpo quase nu a sedução fica
ainda mais aflorada”, completa o neurocirurgião.
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