terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Porque beijamos tanto no Carnaval? Neurocirurgião explica

Época de pouca roupa no corpo e muita sensualidade, o Carnaval ganha, além do samba, outra “dança” famosa nos dias de folia: “a dança do acasalamento”. 
De acordo com o neurocirurgião do Hospital das Clínicas de SP, Dr. Fernando Gomes Pinto, esta mudança de comportamento tem explicação e está dentro do cérebro do homem e da mulher.

O sexo masculino, por ter seu primeiro instinto ligado ao olhar e se interessar pelas curvas femininas, em especial quando estão mais expostas, torna ainda mais vulnerável com a entrada dessas informações visuais ao cérebro. “Processada nos lobos occiptais, que é a parte visual primária do cérebro, ali se formam as imagens que serão refletidas em áreas de associação e no sistema límbico, que é o circuito emocional. É nesse acúmulo de emoções que os casais são envolvidos”, explica.

O médico conta ainda que certas áreas do cérebro precisam ser “desligadas” tanto nos homens como nas mulheres, para que outras áreas possam ser ativadas na fase da conquista. “Em especial as amígdalas nos lobos temporais, centro da “defesa” de fuga ou luta, são “desligadas” e os centros do prazer são ativados como a área tegmental ventral”, detalha. Nas mulheres, o cortex órbitofrontal lateral esquerdo, responsável pelo controle de desejos elementares, silenciam-se também. E então elas conseguem se despreocupar dos pudores e simplesmente se deixam levar pela sedução.

De modo geral, o ser humano é ligado em marcos, em especial em datas e eventos específicos. Uma festa como o Natal, por exemplo, está ligada a união de família e amigos e desabrocha o cunho social. Em finais de ano, as pessoas costumam ajudar mais, fazer caridades, etc. Já o Carnaval é famoso pelas músicas provocantes que remetam ao sexo, ao corpo, principalmente o feminino, que fica em grande exposição. “Isso tudo leva uma certa “frouxidão” social e naturalmente as pessoas já se deixam levar pela ideia de que é uma época de beijar sem muitos critérios” diz acrescentando que “quando deixamos o cérebro exposto ao olhar do corpo quase nu a sedução fica ainda mais aflorada”, completa o neurocirurgião.

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