quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Tempero árabe conquista a capital da gastronomia


Formada por mais de 50 nacionalidades e brasileiros de todos os Estados, a cidade de São Paulo é um verdadeiro mosaico de culturas que se reflete diretamente na sua identidade e na sua cozinha, o que faz da capital um dos maiores centros de gastronomia do mundo. A influência da culinária árabe se consolidou na metrópole e não é a toa. Hoje são mais de 12 milhões de árabes residentes no Brasil, a maioria fixada na capital paulista.
Esfiha, beirute, coalhada, homus, tabule, charuto de uva ou repolho. Pratos comuns do dia a dia do paulistano, na verdade são iguarias herdadas dos imigrantes sírio-libaneses. O toque árabe influenciou tanto a culinária brasileira como a portuguesa. Um exemplo disso é o arroz com galinha marroquina, que aqui se transformou em arroz com frango. Segundo o restauranteur Beto Isaac, dono do Restaurante Arabesco, localizado em Perdizes, desde que foi fundado em 1987, sua maior característica são os pratos produzidos através de receitas familiares, o que cativou seus fiéis clientes.

Canela, açafrão, noz moscada, cominho. Estes, entre outros temperos, são velhos conhecidos do paladar ocidental há muito tempo. Porém, o mundo árabe trouxe uma verdadeira gama de outras especiarias que podem perfeitamente se incorporar às mais variadas receitas, das mais exóticas às mais triviais. São os temperos do deserto, presentes na culinária árabe. Beto relembra que algumas receitas foram modificadas para se adaptar aos costumes do país tropical. Os pratos que utilizam carne como abobrinha recheada e charuto de folhas, passaram a ser feitas com carne bovina, antes preparados com carne de cordeiro ou carneiro. “A mudança de alguns ingredientes tornou os pratos mais suaves, o que agradou o paladar do paulista”, conclui Beto.

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