Graças
aos estímulos que recebem dos pais e de todo ambiente que o cerca, as crianças
de hoje evoluem mais rápido do que antigamente. E isso é muito natural. Hoje,
os brinquedos são mais sonoros, mais coloridos e também bem mais complexos em
relação aqueles que nossos avôs brincavam. E claro que criança estimulada com
certeza é sinal de vários passos a frente, literalmente. Mesmo sabendo de tudo
isso, para os pais que não conseguem parar de comparar o desenvolvimento do seu
filho com o de outros bebês, a fisioterapeuta pediátrica Dra. Fernanda Davi,
especialista em desenvolvimento e reabilitação motora,deixa um alerta: o ritmo
do desenvolvimento motor é muito variável nessa fase de 10 meses a 1 ano e dois
meses. Ou seja, um bebê pode andar bem antes e o outro bem depois, sem que o
primeiro seja um gênio e o segundo sofra de algum atraso. Para a Fernanda, não
existe criança preguiçosa, cada uma apenas tem seu tempo.
“A
velocidade não pode ser confundida com inteligência acima da média. No primeiro
ano de vida, do ponto de vista motor, a criança desenvolve tudo que será
necessário para a vida adulta como sentar, andar, comer sozinho, agachar, subir
e descer escadas, tomar líquidos fora da mamadeira ou correr. E tudo isso
acontece naturalmente, só não pode os pais se tomarem pela ansiedade e
estimular até estressar”, explica.
É
comum os pais forçarem para que seus filhos pulem etapas. “A criança precisa
aprender primeiro a sustentar a cabeça e o tronco, depois então ela consegue
sentar. Ao adquirir força tanto nos braços como nas perninhas, ela se sente
capaz de “minhocar” e depois engatinhar. Aos poucos, mais segura, ela fica em
pé, dá uns passos e anda. Se os pais procuram antecipar esse momento, seja
através do andador, seja por meio de estímulos verbais e físicos, ela pode até
vir a andar antes. Mas tanto a musculatura como a sua estrutura emocional podem
não estar ainda tão maduras. Sendo assim, algumas quedas e tombos poderão
deixá-la insegura para futuras explorações. É extremamente importante respeitar
a faixa etária da criança sem se preocupar se está cedo ou tarde para ela
andar, afinal crescer e se desenvolver tem que ser um processo extremamente
natural", alerta Fernanda.
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