Realizar reuniões e fechar negócios sem que seja necessário deixar o escritório e se deslocar longas distâncias já fez os olhos de muitos executivos brilharem com a videoconferência. Hoje, esse mercado já conquistou também as pequenas e médias empresas. No entanto, as pessoas ainda sentem falta de uma situação menos virtual. O avanço da tecnologia agora serve para aproximar pessoas. A telepresença possibilita que, mesmo que em países diferentes, os participantes de uma reunião possam se sentir face to face. Como duas metades que se encaixam perfeitamente, as salas são mobiliadas e ainda preparadas para que as pessoas possam se vistas e ouvidas de maneira natural.
Esse novo conceito retrata a evolução da videoconferência. Suportada por uma plataforma de rede IP (Internet Protocol), a telepresença utiliza imagens em alta definição (Full HD) e em tamanho real. A distância entre as câmeras e os executivos possibilita que a imagem possa ser vista de corpo completo. O CEO da empresa ou um palestrante pode falar em pé sem que a imagem fique cortada. Quando uma reunião dura o dia ou um período todo, é comum que as pessoas se levantem em alguns momentos. Em uma videoconferência comum, o corpo dessa pessoa é cortado na imagem, o que não acontece na telepresença. “Parece ser apenas um detalhe, mas quando a imagem corta uma pessoa perde-se a naturalidade da reunião. O fato de estar consciente o tempo todo que você está frente a uma câmera faz que alguns executivos percam o foco da conversa e muitas vezes os deixam desconfortáveis”, explica Rubens Branchini Martins, diretor comercial da Eletrônica Santana, que oferece o projeto e instalação da sala de imersão completa.
Imagem e som são detalhes importantes para que tudo seja muito próximo da realidade. A ausência de molduras nas telas e o audio de alta qualidade faz com que o som e a imagem venham na direção certa. A caixa de som mais próxima de quem esta falando e as quatro telas colocadas lado a lado totalizam cinco metros e apresentam a sala do outro lado. “O fato de ter uma moldura em torno da tela, faz parecer que quem está falando está dentro da tela e não passa a ideia de estarem todos reunidos em um único ambiente”, ressalta Martins. Acrescentando que “quando alguém fala, os executivos olham automaticamente para ele, pois o som sai do local onde ele está posicionado”, explica o diretor comercial.
Com capacidade para oito, 18 ou 28 pessoas, em formato de auditório, as salas de imersão são padronizadas, tanto seu tamanho, como os móveis distribuídos na sala. Tudo deve ser perfeitamente igual para que a sala seja um espelho, e os integrantes da reunião mesmo a longa distância possuem a sensação de estar sentados frente a frente. As câmeras e microfones ficam instalados de maneira discreta para que não iniba os participantes. “Os microfones ficam no teto para que todos possam ser entendidos claramente sem que seja preciso falar mais alto, já as câmeras também não ficam visíveis, para que não force os olhares para ela”, ressalta Martins.
Diferente da videoconferência, a telepresença é voltada para um público Premium. Grandes corporações adotam a solução para atender, geralmente, os executivos em cargos de presidência, diretoria e gerência. Além da otimização do tempo, redução de viagens e contribuição das empresas à preservação ambiental, a telepresença melhora a comunicação entre clientes, parceiros e colaboradores, torna as decisões mais rápidas e aumenta a integração de colaboradores das filiais das empresas, muitas vezes, localizadas em diferentes países. Além disso, o diretor pode contar com a participação de outros colaboradores na reunião, diferente de uma reunião presencial, em que não é viável destacar toda a equipe de um departamento para viajar longas distâncias. “E as tomadas de decisões difíceis podem ser discutidas amplamente, sem que uma pessoa sozinha tenha que decidir por toda uma empresa,” explica o diretor.
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