segunda-feira, 21 de março de 2011

Loja virtual exige planejamento e organização como uma loja física

Entrar para o e-commerce exige encarar

grandes desafios

Mesmo sendo online, a empresa virtual requer planejamento, estratégia e investimentos como se fosse uma loja física



O processo para abrir e manter uma loja na web não dispensa os mesmos cuidados de abrir um estabelecimento comercial em uma rua ou shopping. Antes de dar o primeiro passo, o empreendedor precisa conhecer o seu mercado, e neste caso, é o virtual, além de buscar informações sobre segmento escolhido para atuar. É aconselhável conversar com proprietários e colaboradores de quem já está a mais tempo no mercado. Um plano de negócios deve traçar todos os gastos (investimento inicial e despesas), riscos, preços de venda, quanto precisará ser vendido para obter lucros. Além da coragem e iniciativa, o novo negócio virtual exigia habilidade, conhecimento e investimento.



Como qualquer empresa é preciso formalizá-la, registrando legalmente. Para atuar na internet, será necessário ainda possui um nome e endereço virtual. É possível pesquisar se o domínio próprio escolhido está disponível nos sites www.registro.br ou www.register.com para pesquisas internacionais. O próximo passo será desenvolver o site da empresa, que dever ser simples de navegar e traga segurança ao cliente e a loja.



Um dos erros mais comuns cometidos pelos empreendedores iniciantes é não contar com instrumentos de detecção de fraude com cartão de crédito. Rubens Branchini Martins, diretor comercial da Eletrônica Santana, um dos pioneiros no e-commerce, conta que quando abriu sua loja virtual sofreu com os famosos golpes do cartão de crédito. “Descobrimos que a internet não era tão segura e precisamos estar atentos as fraudes e golpes online”, lembra o diretor. A análise de risco do cartão se assemelha muito com a tradicional análise de crédito, porém com outros critérios que não dependem do histórico de pagamentos, mas que impossibilitam o pagamento.



O cadastro de produtos pode parecer apenas mais um item de uma lista de atividades a serem feitas. Mas requer atenção no momento de realizar, desde a qualidade das fotos até o texto descritivo do produto. Uma informação errada ou ambígua pode gerar reclamações de clientes, inclusive no Procon.



Outro fator essencial é uma logística eficiente. Quem compra pela internet espera agilidade na entrega. Além de estar dentro do que é praticado no mercado online, o prazo prometido ao cliente precisa ser criteriosamente cumprido. Rubens lembra que o cliente só voltar a comprar na mesma empresa, caso esteja satisfeito com todo o ciclo de compra do produto, desde as ferramentas do site até o recebimento do produto. E quando necessário, o processo de devolução ou troca de produtos deve ser rápido.



Diferente de uma loja física, onde os consumidores passam em frente, é necessário divulgar para alcançar visibilidade. Se a loja está hospedada na web, e lá que toda a divulgação deve acontecer. Há diversos caminhos para conseguir visibilidade na internet, principalmente através das redes sociais, que podem ser fortes aliados para garantir a proximidade com o cliente. Mas todo cuidado é pouco. Usar as redes com o único objetivo de aumentar as vendas não é o caminho. A ideia é criar algum tipo de diálogo e relacionamento com os consumidores, falar como o produto ou serviço tem impacto na vida das pessoas e não apenas sobre as características dele. Deve haver conteúdo para criar relacionamento.



“O Social Commerce já é uma tendência mundial e peça chave para as lojas virtuais. É um espaço onde o próprio cliente poderá falar sobre a empresa, como o tradicional boca a boca”, explica o empresário. Ainda há outras ferramentas, como buscadores de preços. O serviço é pago, mas quando um futuro cliente clica em determinada categoria o seu produto aparece.

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