terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Criança obesa tem mais chances de se tornar adulto diabético

Obesidade infantil é fator de risco para o aparecimento de doenças metabólicas na fase adulta

Houve um tempo no qual a criança gordinha era tida como saudável. Atualmente, diante da epidemia da obesidade em todo o mundo, sabe-se que saudável é a criança dentro do peso certo para sua estatura. “A ciência descobriu ao longo dos anos que o tecido adiposo age, na verdade, como uma glândula, secretando hormônios. Por isso, quanto mais gordura a criança tiver, mais as chances de haver disfunções e doenças metabólicas”, conta a nutróloga Ana Luisa Vilela, especialista em emagrecimento.

E o alerta não para por aí. Ana Luisa aponta que 44% dos casos de diabetes em adultos é proveniente da obesidade. “Quando a obesidade tem início na infância, ela certamente vai acarretar outras doenças, mais sérias e que colocam em risco a vida, como a diabetes. Ao engordar, o corpo aumenta a produção de insulina para controlar os níveis de açúcar no sangue e esse hormônio causa vasoconstrição, aumentando a pressão arterial. Além do mais, o pâncreas começa a ficar sobrecarregado e deixa de produzir insulina em quantidade suficiente. Daí o surgimento da diabetes tipo II, a mais perigosa”, explica.


Multifatorial, a obesidade infantil deve ser combatida em família. A participação dos pais, dos irmãos e cuidadores da criança é essencial para o sucesso do tratamento, que consiste na reeducação alimentar e na prática de atividades físicas. “O ponto positivo das crianças é que elas crescem e, com isso, podem equilibrar o índice de massa corpórea (IMC). Todavia, o cuidado com a obesidade é eterno: não pode descuidar para ela não voltar”, destaca a médica.

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