Obesidade
infantil é fator de risco para o aparecimento de doenças metabólicas na fase
adulta
Houve
um tempo no qual a criança gordinha era tida como saudável. Atualmente, diante
da epidemia da obesidade em todo o mundo, sabe-se que saudável é a criança
dentro do peso certo para sua estatura. “A ciência descobriu ao longo dos anos
que o tecido adiposo age, na verdade, como uma glândula, secretando hormônios.
Por isso, quanto mais gordura a criança tiver, mais as chances de haver
disfunções e doenças metabólicas”, conta a nutróloga Ana Luisa Vilela,
especialista em emagrecimento.
E
o alerta não para por aí. Ana Luisa aponta que 44% dos casos de diabetes em
adultos é proveniente da obesidade. “Quando a obesidade tem início na infância,
ela certamente vai acarretar outras doenças, mais sérias e que colocam em risco
a vida, como a diabetes. Ao engordar, o corpo aumenta a produção de insulina
para controlar os níveis de açúcar no sangue e esse hormônio causa
vasoconstrição, aumentando a pressão arterial. Além do mais, o pâncreas começa
a ficar sobrecarregado e deixa de produzir insulina em quantidade suficiente.
Daí o surgimento da diabetes tipo II, a mais perigosa”, explica.
Multifatorial,
a obesidade infantil deve ser combatida em família. A participação dos pais,
dos irmãos e cuidadores da criança é essencial para o sucesso do tratamento,
que consiste na reeducação alimentar e na prática de atividades físicas. “O
ponto positivo das crianças é que elas crescem e, com isso, podem equilibrar o
índice de massa corpórea (IMC). Todavia, o cuidado com a obesidade é eterno:
não pode descuidar para ela não voltar”, destaca a médica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário