A forma como o bebê vai vir ao mundo
costuma deixar muitas gestantes ansiosas. Medo e expectativa quanto ao tipo de
parto são comuns nos consultórios médicos e cada forma de nascer tem a sua
peculiaridade. “Temos diversos tipos de parto: normal, natural, fórceps e a
cesárea convencional ou minimamente invasiva. Cada uma apresenta vantagens e
desvantagens”, conta o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, que
apresenta cada forma de dar à luz:
- Parto natural: é a forma mais
tradicional. Sem anestesia ou uso de hormônios para acelerar o procedimento,
pode durar várias horas e ser bastante doloroso, mas tem uma recuperação mais
rápida. “Nem todas as gestantes podem passar por esse tipo de parto. As hipertensas,
aquelas com bebê muito grande para o assoalho pélvico ou quando os bebês estão
sentados são alguns dos casos em que indicamos outro tipo de parto”, conta.
- Parto normal: aqui a mamãe também dá à
luz naturalmente, mas recebe algumas ajudinhas da medicina. O processo de
dilatação pode ser induzido por meio do uso de ocitocina (um tipo de hormônio)
e ela pode receber anestesia para aliviar as dores da contração. “Há as mesmas
restrições do parto anterior e também as mesmas vantagens: o parto é mais longo,
mas a recuperação é bem mais rápida tanto para a mãe quanto para a criança”,
diz o médico.
- Fórceps: quando o parto normal ou natural
apresenta complicações, como a demora na saída da criança pelo canal de parto,
o médico pode optar por auxiliar a saída com o uso dos fórceps. “Muitas
mulheres ainda têm medo do fórceps, mas a técnica de utilização está mais
aprimorada. Ele é um dos últimos recursos, assim como a episiotomia, que é o
corte do períneo para auxiliar a passagem do bebê”, explica Dr. Domingos. Dentre
as vantagens: mais segurança no parto normal e, como desvantagem, alguns riscos
para o bebê e também algumas lacerações na mãe.
- Cesárea convencional: é o procedimento
cirúrgico indicado em caso de complicações ou de ausência de dilatação. Como
vantagens está a rapidez (duração de uma hora aproximadamente). A recuperação da
mamãe é um pouco mais demorada e dolorida do que no parto normal e sempre há
alguns riscos de infecção inerentes a qualquer procedimento cirúrgico.
- Cesárea minimamente invasiva: essa
técnica foi criada em Israel na década de 70 e consiste em uma cirurgia na qual
nem todos os tecidos são cortados para chegar até o útero, promovendo assim
menos sangramento, mais rapidez no parto e na recuperação e menos risco de
infecção. “Este é um aprimoramento da técnica de parto”, conta Mantelli.
O obstetra lembra que mesmo os partos
cirúrgicos podem ser humanizados – uma preocupação constante das mães. Dessa
forma, o ambiente pode ser programado com a trilha sonora escolhida pelos pais
e o papai é convidado a participar do nascimento, a criança fica com os pais o
tempo todo e é retirado o foco de luz do rosto do bebê na hora do
nascimento.
Dr.
Domingos Mantelli – é ginecologista e obstetra, pós graduado em
ultrassonografia Ginecológica e Obstétrica e pós graduado em perícias médicas. http://domingosmantelli.com.br
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