Em um primeiro momento parece mais fácil:
ganhamos uma hora a mais no relógio. Mas, como fazer de fato para adaptar o
relógio biológico e o nosso cérebro a voltar a essa rotina que agora escurece
mais cedo?
Demora
uma semana, mas aos pouco o cérebro entende a nova rotina. Dr. Fernando Gomes Pinto, neurocirurgião do Hospital das Clínicas de São Paulo explica que dentro
do hipotálamo, região do cérebro que controla todo o funcionamento do
organismo, existe um conjunto de células nervosas com cerca de 10 mil
neurônios, que formam o núcleo supra-quiasmático. Dentro dele também está nosso
relógio biológico que dita o que chamamos de ritmo circadiano. Ele controla
todo o ciclo biológico do corpo humano e de todo ser vivo durante o período de
24 horas (um dia), influenciado pela luz solar. É ele que regula o sono, a
temperatura do corpo, a pressão arterial, o funcionamento do intestino, a fome.
“No horário de verão, quando somos
obrigados a acordar mais cedo, estes milhares de neurônios recebem a informação
de luz no ambiente e inibem a produção de melatonina, agora estamos voltando a
nossa rotina normal, pois é nesse horário que ficamos a maior parte do ano”,
explica Dr. Fernando acrescentando que “em teoria é um pouco mais fácil, você
pode acordar com mais calma e o desafio no reajuste do relógio é dormir uma
hora mais cedo e evitar o café depois das 17 horas e o excesso de comida no
jantar, além disso, desligar-se da TV, computador e celular mais cedo e se
preparar para em uma semana estar perfeitamente readaptado. Quando isto ocorre
o relógio biológico fica regulado novamente”, conclui.
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