O prazer do consumo da mulher está muito mais associado às preliminares da compra do que a compra de fato. Elas chegam ao ápice do prazer enquanto ainda estão escolhendo o produto. Isso porque no cérebro feminino, o circuito neurológico da recompensa (circuito mesolimbico dopaminergico) parece ser mais acionado durante o processo de escolha se comparado ao cérebro masculino. “E quanto mais dopamina liberada nesse processo, mais prazer”, explica Dr. Fernando, neurocirurgião do Hospital das Clínicas de São Paulo, acrescentando que “até pela evolução da espécie, na qual a mulher assumiu o papel de adquirir e selecionar coisas para trazer para si e para sua prole, a sociedade apoia e estimula isso na mulher desde a infância, modulando o funcionamento do cérebro em relação ao prazer de selecionar e comprar coisas”.
Apesar da anatomia cerebral do homem e da mulher ser bem parecida, a mente é bem diferente. Aumento da auto estima, melhora na produtividade e sensação de prazer exaltada. É assim uma mulher quando está diante de um bem que pretende comprar. E não importa o que seja. Desde um simples lápis de olho a um carro de última geração, homens e mulheres têm comportamentos diferentes quando o assunto é consumo.
Dr. Fernando ressalta que enquanto 55% das mulheres vibram com uma compra, apenas 43% dos homens possuem a mesma sensação. Dados recentemente divulgados do Target Group Index, do IBOPE Media, apontam diferença nas prioridades e escolhas entre consumidores dos dois sexos. As mulheres gostam de provar marcas e produtos novos, o cérebro delas é mais curioso, enquanto os homens preferem não arriscar. Eles apostam na compra daquilo que já conhecem.
Ainda segundo os estudos, as mulheres são mais cautelosas e se preocupam em economizar. 77% delas afirmam procurar por preços mais baixos antes de efetivar uma compra, o que está diretamente relacionado ao processo de prazer durante a escolha, enquanto cerca de 70% dos homens fazem o mesmo.
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