quarta-feira, 25 de julho de 2012

Finanças Pessoais – Você sabe como se organizar?

Orçamento Pessoal: gastar é bom, gastar com limites é melhor ainda

Hoje em dia, poucos são os que conseguem controlar o próprio orçamento. Muitos gostariam de conseguir economizar até o último centavo, mas não conseguem gastar menos ou um valor de acordo com a renda mensal. A maioria dos consumidores alega que é impossível resistir às ofertas e promoções. Porém, quando chega o final do mês e colocam o orçamento no papel, se arrependem do descontrole financeiro. De acordo com a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC - Nacional), o percentual da população com dívidas aumentou entre os meses de maio e junho de 2012, alcançando 53,7% das famílias. A pesquisa é realizada pela Confederação Nacional dos Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Organizar as contas pessoais é realmente uma missão difícil. A tarefa exige total disciplina do consumidor. Inicialmente, é necessário saber o quanto se pode gastar durante todo mês. Sendo assim, fica mais fácil de administrar os limites de gastos. Para a sócia diretora da Trade Contabilidade, Simone Domingues, além de controlar os gastos, é essencial economizar uma parcela da renda todos os meses. “O principal segredo do orçamento pessoal é nunca gastar mais do que se ganha. Poupar um pouco da renda também é uma boa opção, já que assim é possível aplicar esse dinheiro em investimentos futuros”, explica a sócia diretora, afirmando que “não é preciso parar de gastar, só é preciso saber gastar”.

Saia do vermelho, organize-se!

Segundo um levantamento recente realizado pelo Banco Central, se o assunto for financiamento, cartão de crédito e cheque especial, os nordestinos lideram o ranking de inadimplência. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a renda mensal no Nordeste é a mais baixa do País, chegando a R$ 945,61 por pessoa. Os dados mostram que na região nordestina, a taxa de inadimplentes chega a 6,12%. Em seguida, o Norte vem com 5,87%; o Sudeste com 5,14%; o Centro-Oeste com 4,62% e o Sul com 4,10%.

Quando o consumidor decide que está na hora de um orçamento pessoal deve levar em conta a separação de ativos e passivos financeiros. Mas, onde é possível fazer essa divisão? Planilhas virtuais, papéis, agendas, aplicativos de celular, não importa! O que vale é começar a ter o hábito de registrar os gastos. Ao começar a organização, é necessário ter duas colunas. Na primeira o ideal é colocar os ativos financeiros, que são os responsáveis em “trazer” o dinheiro, como o salário e outros rendimentos. Já os passivos financeiros são os responsáveis por “levar” o dinheiro, como dívidas e despesas. Para Simone, é importante elaborar esse controle do orçamento para se comparar e monitorar as despesas. Separar as contas fixas (aluguel, financiamento de imóvel próprio e prestações) das flexíveis (água, luz, telefone, supermercado, serviços domésticos, lazer e reserva para imprevistos) é um fator essencial. “Ao elaborar um orçamento é necessário diferenciar os gastos fixos dos gastos variáveis. 

Também é importante avaliar os gastos anteriores para ter um parâmetro se está no caminho certo ou não, se o que foi programado está sendo cumprido, e se necessário, verificar os motivos pelos quais não foi cumpriu o estimado. E se sobrar dinheiro, não tenha dúvidas, economize”, enfatiza a sócia diretora. Para ela, comprar a vista é a melhor opção de quem está no vermelho, afinal, a compra a prazo anda de mãos dadas com os juros. Esse controle das finanças ajuda a calcular o balanço financeiro do orçamento mensal, e assim, evita dores de cabeça no fim do mês.

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