Orçamento Pessoal: gastar é bom, gastar com limites
é melhor ainda
Hoje em dia, poucos são os que conseguem
controlar o próprio orçamento. Muitos gostariam de conseguir economizar até o
último centavo, mas não conseguem gastar menos ou um valor de acordo com a
renda mensal. A maioria dos consumidores alega que é impossível resistir às
ofertas e promoções. Porém, quando chega o final do mês e colocam o orçamento
no papel, se arrependem do descontrole financeiro. De acordo com a Pesquisa
Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC - Nacional), o
percentual da população com dívidas aumentou entre os meses de maio e junho de
2012, alcançando 53,7% das famílias. A pesquisa é realizada pela Confederação
Nacional dos Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Organizar as contas pessoais é realmente
uma missão difícil. A tarefa exige total disciplina do consumidor.
Inicialmente, é necessário saber o quanto se pode gastar durante todo mês.
Sendo assim, fica mais fácil de administrar os limites de gastos. Para a sócia
diretora da Trade Contabilidade, Simone Domingues, além de controlar os gastos,
é essencial economizar uma parcela da renda todos os meses. “O principal
segredo do orçamento pessoal é nunca gastar mais do que se ganha. Poupar um
pouco da renda também é uma boa opção, já que assim é possível aplicar esse
dinheiro em investimentos futuros”, explica a sócia diretora, afirmando que
“não é preciso parar de gastar, só é preciso saber gastar”.
Saia do vermelho, organize-se!
Segundo um levantamento recente realizado
pelo Banco Central, se o assunto for financiamento, cartão de crédito e cheque
especial, os nordestinos lideram o ranking de inadimplência. De acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a renda mensal no
Nordeste é a mais baixa do País, chegando a R$ 945,61 por pessoa. Os dados
mostram que na região nordestina, a taxa de inadimplentes chega a 6,12%. Em
seguida, o Norte vem com 5,87%; o Sudeste com 5,14%; o Centro-Oeste com 4,62% e
o Sul com 4,10%.
Quando o consumidor decide que está na hora
de um orçamento pessoal deve levar em conta a separação de ativos e passivos
financeiros. Mas, onde é possível fazer essa divisão? Planilhas virtuais,
papéis, agendas, aplicativos de celular, não importa! O que vale é começar a
ter o hábito de registrar os gastos. Ao começar a organização, é necessário ter
duas colunas. Na primeira o ideal é colocar os ativos financeiros, que são os
responsáveis em “trazer” o dinheiro, como o salário e outros rendimentos. Já os
passivos financeiros são os responsáveis por “levar” o dinheiro, como dívidas e
despesas. Para Simone, é importante elaborar esse controle do orçamento para se
comparar e monitorar as despesas. Separar as contas fixas (aluguel,
financiamento de imóvel próprio e prestações) das flexíveis (água, luz,
telefone, supermercado, serviços domésticos, lazer e reserva para imprevistos)
é um fator essencial. “Ao elaborar um orçamento é necessário diferenciar os
gastos fixos dos gastos variáveis.
Também é importante avaliar os gastos anteriores
para ter um parâmetro se está no caminho certo ou não, se o que foi programado
está sendo cumprido, e se necessário, verificar os motivos pelos quais não foi
cumpriu o estimado. E se sobrar dinheiro, não tenha dúvidas, economize”,
enfatiza a sócia diretora. Para ela, comprar a vista é a melhor opção de quem
está no vermelho, afinal, a compra a prazo anda de mãos dadas com os juros.
Esse controle das finanças ajuda a calcular o balanço financeiro do orçamento
mensal, e assim, evita dores de cabeça no fim do mês.
Nenhum comentário:
Postar um comentário