Sabe aquelas mães e
todos os agregados da família que ficam o tempo todo ao lado da criança,
segurando a mão, não deixando ela cair, se levantar sozinha? A cena é muito
comum, porém, a má notícia é que eles não sabem que estão prejudicando e muito
o desenvolvimento motor da criança. Se a criança tropeça muito, não corre tanto
quanto deveria para a idade, tem dificuldades em subir degraus ou sentar, atenção!
Alguma coisa está errada e é hora de procurar um especialista.
Superproteção ou Supervisão?
A superproteção familiar impede que as crianças conheçam e se
aventurem pelo mundo por conta própria. Uma das causas desse zelo excessivo é o
medo de expor os filhos em situações de risco. Com isso, pais e familiares
passam a acompanhar cada passo desta criança, que fica “presa” em uma redoma de
vidro, colocando em risco seu desenvolvimento motor. Este
monitoramento exagerado inibe vivências e experiências próprias da idade,
relevantes para o crescimento saudável. “Superproteção é diferente de
supervisão”, alerta a fisioterapeuta Fernanda Davi, especialista em
fisioterapia infantil.
Filhos únicos, bebês prematuros ou adotivos
também são fortes candidatos a sofrerem superproteção. Se pensarmos que o
número de casais hoje com apenas um filho aumenta a cada dia, a quantidade de
crianças que vão andar mais tarde ou se desenvolver de forma lenta também só
tende a crescer. Por conta disso, as crianças estão desaprendendo as
brincadeiras tradicionais, que até algum tempo atrás eram primordiais no
desenvolvimento e na evolução motora.
Segundo Fernanda, além do atraso motor,
outras consequências devem ser levadas em consideração, como perda de
personalidade, medo de enfrentar situações diferentes, dificuldade de
relacionamento com outras crianças, reclusão, falta de iniciativa. “Pequenos
gestos já sinalizam a falta de desenvolvimento, como por exemplo, quando a
criança tem falta de equilíbrio, tropeça muito, não corre, tem dificuldades em
subir degraus, sentar”, explica, ressaltando que “não existe criança
preguiçosa, se ela não está querendo brincar alguma coisa está acontecendo com
ela”, afirma.
Veja as dicas da fisioterapeuta para ajudar
no desenvolvimento da criança e a perceber se tem algo errado com o
desenvolvimento motor:
•
Recém nascido
Conversar próximo ao rosto para começar a
fixar e dar mobilidade a cabeça. A ação também ajuda a desenvolver a visão e
audição.
• 2
meses a 3 meses
Os
pais devem ficar atentos ao reflexo do bebê. Se a criança não te segue e não se
assusta com barulhos, algo está errado.
•
4 meses
Normalmente
neste período, o pescoço deve já estar firme e a criança sempre está alerta,
dorme menos. É necessário colocar a criança de barriguinha pra baixo para
começar a estimulá-la a controlar a cabeça. Brincar de rolar é um bom estímulo
nesse período.
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