Inchaço e ardor pós-sexo
podem ser sinal de alergia ao sêmen
O pesquisador inglês Dr. Michael
Carrol, palestrante sobre reprodução humana da Universidade Metropolitana de
Manchester, no Reino Unido, disse que 12% das mulheres apresentam um problema
tão sério quanto inusitado: a alergia ao sêmen do parceiro. Apesar de parecer
algo impossível de acontecer, o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli
conta que o sêmen é composto por uma série de proteínas e hormônios e pode
mudar de acordo com a alimentação, o meio ambiente e o estilo de vida do homem.
Por isso, dependendo da sensibilidade da mulher a uma dessas substâncias, a
alergia pode, de fato, acontecer.
Não significa que ela seja alérgica a
todos os sêmens mas, sim, àquele especificamente e os sintomas, como em outras
alergias, aparece imediatamente após o contato com o agente alérgeno. “A reação
pode ser local, quando o homem ejacula na vagina, levando a sintomas como
inchaço e ardor, ou pode ser sistêmico, quando a mucosa absorve o sêmen e ela
apresenta sintomas generalizados, como inchaço no rosto, coceira, mal-estar,
como em outra alergia. Neste caso, o ideal é procurar um hospital para receber um
pronto-atendimento”, orienta Dr. Mantelli.
Apesar de cientistas australianos
acharem uma conexão entre a alergia ao sêmen e a endometriose, o obstetra
brasileiro conta que casais com esse tipo de problema não costumam enfrentar
dificuldades para engravidar. “Em quase 15 anos de atuação, nunca atendi um caso
de alergia ao sêmen. Portanto, acho que os números indicados são
superestimados. É algo que pode acontecer, mas não é assim tão frequente quanto
imaginamos”, conclui.
Sobre o Dr. Domingos Mantelli
Dr. Domingos Mantelli é ginecologista e
obstetra formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro
(UNISA) e Pós-Graduado em Residência Médica na área de Ginecologia e Obstetrícia
pela mesma instituição. Ligado às maternidades Santa Joana e Maternidade
Pró-Matre Paulista.
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