Ela é uma doença “democrática” que afeta
mulheres de todas as cores, idades e classes sociais e já se tornou um problema
de saúde pública. Estamos falando da depressão pós-parto, um problema tão comum
quanto tratável e que tem prevalência no Brasil em torno de 12 a 19%, com
estudos que indicam que até 40% das brasileiras sofrem deste mal após o parto
e, destas, apenas metade recebe o diagnóstico nas consultas clínicas.
A psiquiatra Dra. Lygia Merini, explica que
o diagnóstico da depressão pós-parto não é fácil entre os profissionais de
saúde, especialmente porque isto não é dito de forma tão clara pelas
mulheres, e que há uma intensa influência hormonal na alteração de humor.
“É ainda mais prevalente o ‘blues puerperal’, que é uma forma leve da
depressão na qual a mãe apresenta tristeza e irritabilidade. Entre 50 e 85% das
mulheres em pós-parto desenvolvem esse sentimento que é um indício de que a
depressão pós-parto pode se instalar na vida daquela mulher”, conta.
O tipo de parto – natural ou cesárea –, o
sexo do bebê e até mesmo o fato de a mãe amamentar ou não a criança não exercem
influência na presença da depressão pós-parto: “um estudo realizado por
pesquisadores brasileiros de universidades distintas mostrou que essa relação
não existe. Tanto que, das 115 mães estudadas, 67 daquelas que foram
diagnosticadas com depressão pós-parto tiveram parto normal e 48 passaram por
cesárea, demonstrando que o tipo de parto não exerce influência direta na
condição depressiva. É uma doença séria e complexa”, diz a psiquiatra.
Apesar do tabu que existe no tema, já que
se espera que o nascimento do bebê seja um momento de plena felicidade, a depressão
pós-parto tem tratamento, tanto com terapia quanto com medicações que podem ser
usadas na gestação e na amamentação. “O diagnóstico e o tratamento precoces são
de extrema importância, pois o não tratamento pode levar a um impacto negativo
na relação mãe-bebê”, completa a médica.
Sobre a Dra. Lygia Merini
Psiquiatra graduada em Medicina pela
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) com residência médica pela Faculdade
de Medicina de Botucatu (UNESP) pós graduanda pela Universidade Federal de São
Paulo (UNIFESP) e treinamento em Pesquisa Clínica concluído pela Universidade
de Harvard (Harvard Medical School - EUA).
Mais
Informações:
Contato
Comunicação & Marketing
Pabx:
(11) 3288-8424
Mayra
Barreto
– (11) 3288-1708/ 99986-8058
Claudia
Dias – (11)
3251-2359/ 9.8511-6855
Nenhum comentário:
Postar um comentário