A
quantidade e combinação de hormônios pode levar mulheres jovens ao AVC
A
descoberta da pílula anticoncepcional trouxe uma revolução para a vida das
mulheres. Não apenas elas podiam fazer sexo sem medo de engravidar, como lhes
trouxe a “comodidade” de escolher se querem ou não menstruar, o alívio da
cólica e da TPM, entre outras vantagens. Todavia, o uso do anticoncepcional não
deve ser indiscriminado ou feito por conta própria, uma vez que muitas mulheres
correm o risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) ainda jovens e
apenas o ginecologista é capaz de avaliar os riscos e benefícios do consumo do
medicamento.
“Algumas
mulheres estão em maior risco de sofrer de problemas como trombose e AVC caso
tomem pílula anticoncepcional, como aquelas com predisposição genética,
obesidade e hábitos pouco saudáveis, como o tabagismo e o sedentarismo”, avalia
o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, da capital paulista. De acordo
com o ginecologista, os hormônios presentes na pílula favorecem a coagulação
sanguínea, assim como a nicotina, o que pode estimular o aparecimento de
tromboses e do derrame. O acúmulo de gordura ao redor da cintura demonstra
aumento dos níveis de colesterol, outro fator preponderante para o surgimento
do AVC.
Outro
ponto de interesse é a quantidade de hormônios usadas nas pílulas e sua
combinação. Os contraceptivos orais que combinam estrógeno e progesterona têm
maiores probabilidades de trazerem problemas para a saúde cardíaca feminina.
“Por isso o médico deve ser sempre consultado e não se deve esconder do
ginecologista os seus hábitos de vida e histórico familiar. Juntos, o médico e
a paciente podem encontrar soluções para prevenir uma gravidez indesejada sem
colocar em risco a sua saúde e a sua vida.”
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