segunda-feira, 10 de março de 2014

Anticoncepcionais: mocinhos ou vilões?

A quantidade e combinação de hormônios pode levar mulheres jovens ao AVC

A descoberta da pílula anticoncepcional trouxe uma revolução para a vida das mulheres. Não apenas elas podiam fazer sexo sem medo de engravidar, como lhes trouxe a “comodidade” de escolher se querem ou não menstruar, o alívio da cólica e da TPM, entre outras vantagens. Todavia, o uso do anticoncepcional não deve ser indiscriminado ou feito por conta própria, uma vez que muitas mulheres correm o risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) ainda jovens e apenas o ginecologista é capaz de avaliar os riscos e benefícios do consumo do medicamento.

“Algumas mulheres estão em maior risco de sofrer de problemas como trombose e AVC caso tomem pílula anticoncepcional, como aquelas com predisposição genética, obesidade e hábitos pouco saudáveis, como o tabagismo e o sedentarismo”, avalia o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, da capital paulista. De acordo com o ginecologista, os hormônios presentes na pílula favorecem a coagulação sanguínea, assim como a nicotina, o que pode estimular o aparecimento de tromboses e do derrame. O acúmulo de gordura ao redor da cintura demonstra aumento dos níveis de colesterol, outro fator preponderante para o surgimento do AVC.


Outro ponto de interesse é a quantidade de hormônios usadas nas pílulas e sua combinação. Os contraceptivos orais que combinam estrógeno e progesterona têm maiores probabilidades de trazerem problemas para a saúde cardíaca feminina. “Por isso o médico deve ser sempre consultado e não se deve esconder do ginecologista os seus hábitos de vida e histórico familiar. Juntos, o médico e a paciente podem encontrar soluções para prevenir uma gravidez indesejada sem colocar em risco a sua saúde e a sua vida.”

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